Já me aconteceu várias vezes estar/falar com pessoas que não via há tempos e que se referem a mim como "aquela que deixou tudo em Portugal e foi por amor para Amesterdão". Elogiando a coragem. Alias, este tem sido o elogia que me acompanhou no último ano, tanto deste lado, como do outro.
Eu nunca vi a minha decisão como um ato de coragem, mas sim como o caminho a seguir, movida pela intuição e por uma força interior difícil de explicar.
Quando isto começou há quase dois anos atrás, lembro-me de uma colega de trabalho me olhar e dizer "oh Ana, achas que isso vai dar em alguma coisa?!". Acredito que não o tivesse dito com maldade, quase talvez para me proteger. Mas mesmo assim, não gostei de ouvir, porque mesmo algo em mim me dizendo o contrário, fere os ouvidos.
Talvez aqui resida a diferença nos quem acreditam e seguem e nos que não acreditam e ficam. Nos que se prendem aos "ses" e aos medos e nunca saem da zona de conforto. E claro que sair dela é abrir mão de muitas coisas, muitas vezes de uma segurança que ainda que não nos faça felizes, faz-nos sentir bem e talvez isso também seja uma forma de felicidade.
Em relação ao comentário da minha colega fiquei triste e decepcionada com ela, não o esperava. Quando transbordamos de alegria e optimismo e vem alguém cortar esse sentimento frisando dificuldades, diferenças e distâncias...custa um nadinha, admito.
Mas é por estes comentários castradores que opto pelo silêncio quando o assunto não me diz respeito. Não, não sou hipócrita. Não preciso é dar a minha opinião derrotista quando isso não acrescenta nada à vida das pessoas e pode até mesmo limitar. Não acredito que magoar, com a desculpa que se é demasiado sincera nós possa trazer paz de espirito. E já tive que levar com estas verdades absolutas demasiadas vezes na minha vida. Verdades de pessoas que abrem a boca agarradas à desculpa da imaculada sinceridade...
O que é certo é que "isso", essa relação entre uma portuguesa de Faro e um holandês de Amesterdão aconteceu já lá vão quase dois anos, resultou numa mudança radical de país há 10 meses. Bendita a hora.
Nem todos os dias são de sol, é certo...e que falta ele me faz. Mas obrigada ao Deus que guiou e guia o meu caminho.
Se somos uma inspiração que o continuemos a ser para o todo o sempre.
Mais que uma bela história, a minha é um hino ao amor.
Tristes almas as que não acreditem nele, nas suas mais variadas formas.
eu tenho de parar de ouvir Birdy enquanto leio os blog's. Com este post já estou de lágrimazinha ao canto do olho. Fizeste muito bem em ir atrás da tua felicidade. Imagina se não fosses... o que estarias a perder, o que ficarias sempre a imaginar como seria! Haja mulheres de coragem, eu precisava de alguma por estes dias :D Beijinho
ResponderEliminarÉ assim mesmo, Ana! Nunca é fácil sair da zona de conforto, requer coragem e força de vontade. E acreditar. Acreditar que os nossos sonhos não são loucura e que vão dar certo :)
ResponderEliminarBjinhos
PS - aos tempos que não nos vemos! Vamos combinar qualquer coisa ;)
Já dei o teu exemplo bastantes vezes quando surge o tema amor à conversa!
ResponderEliminarAdmiro-te e acredito no amor! :)
Mtas felicidades!!
***
Esperança