domingo, 10 de maio de 2015

Dia da Mãe são todos

No domingo passado, dia 3, foi o Dia da Mãe em Portugal, hoje é-o aqui. No domingo passado só no final do dia é que comentei cá em casa que o era em Portugal. O homem não sabia e deu-me um raspanete. A correr foi comprar o mais bonito buquê de tulipas.
Hoje é-o aqui. E eu não quero mais nada, se não estar em família. Não preciso de mais malas, sapatos compro-os quando preciso, bijuterias e acessórios não me fazem falta, já sou bonita p a natureza assim  o quis (sim, tenho-me em muito boa conta, isso é mau!?). Preciso e quero apenas um abraço, o melhor beijo do mundo e uma lambidela. Sou feliz assim.
Dia da mãe. É um dia simbólico, como o é o dia do pai, o dia do cão, o dia da mulher, o dia dos namorados, o dia do sol posto, o dia de...Não sou mãe por um dia. Comecei a sê-lo a 20 de Dezembro de 2013, quando o teste o confirmou. Acho até que comecei a ser mãe antes, quando passei a detestar o cheiro do café.
Gosto do dia pelo simbolismo, sim. Não pelo consumismo e a obrigação dos presentes. Cá em casa há uma regra (minha) não quero coisas nem no meu aniversário, nem no Natal, nem no aniversário de casamento, de namoro, do cão... Quero sim um mega abraço, um bilhetinho debaixo da almofada, uma massagem pelas mãos de quem me ama, um postal enviado pelo correio,  um pequeno almoço especial, uma flor apanhada no parque e tantas outras coisas que me fazem formiguinhas na barriga. Uma viagem em família e um jantar especial de cada vez em quando também me fazem feliz e são os nossos presentes um para o outro.
Sei que vou gostar. Vou chorar. Vou adorar os teus desenhos, os presentinhos feitos por ti nesse dia para mim. Mas quando cresceres nunca, nunca vás a correr (acabei de receber o meu presente do dia da mãe enquanto escrevia esta mensagem, na biblioteca de frente para a rua apareceu-me o homem com a cria e o cão em frente à janela só para me mandar um beijinho. É disto que falo. Ok, hoje é sábado e a mensagem que escrevo será agendada para amanhã) de última hora comprar um perfume, só porque sim. Manda-me um postal, liga-me ou reserva umas horas do teu dia para almoçares comigo, irmos ao cinema ou bebermos chá acompanhadas com o bolo que eu fiz para ti. E nem se quer precisa ser neste dia, mas sim quando o teu coração entender que é o dia da tua Mãe, meu amor maior pequenino. Já te disse nesta mensagem que te amo!? AMO mais do que pensaria ser possível.
Sabes Lia tens uma mãe do contra, desde pequenina. Desde a escola. Acho até que não sou fumadora porque sou do contra. Pertencendo a uma geração em que todos fumavam e que fumar nos emancipava, eu passei ao lado porque não gosto de tendências. Gosto do contra. Se este verão se deve abusar do amarelo, eu vou usar do vermelho.  
Não queria falar das mensagens nas redes sociais. Mas vou falar. Não é uma critica má é apenas um pensamento, uma pergunta. Vejo dedicatórias tão sentidas e tão bonitas para as mães e depois lembro-me que aquela mãe (que eu saiba) não tem conta no facebook e até não sabe usar a internet e quero acreditar que aqueles filhos irão à casa da mãe mostrar-lhe no PC “olha mãe, gostas? Escrevi esta mensagem para ti na internet e todos poderão ver o quanto gosto de ti. Nunca te o disse assim com estas palavras tão bonitas porque pessoalmente custa muito e eu já sou um homem/uma mulher feita e tu sabes de qualquer maneira. Este mês ainda não tive tempo para te ir visitar porque estou com muito trabalho mas prometo-te que para o mês que vêm depois de ir viajar, do almoço que já tenho marcado com amigos, de ir passear o cão e lavar o carro vou arranjar um tempinho para beber um chazinho contigo mãe. Gosto muito de ti mas tu sabes e agora toda a gente também o sabe no facebook”.  Promete-me minha Lia que nunca me vais escrever no facebook, sem antes me o dizeres pessoalmente.
Este é o presente que te peço. Tempo e amor.
Amo-te princesinha.

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