Mesmo com uma gripe a ameaçar, dores nos ouvidos por causa da pressão do ar, seguida de uma dor de cabeça que não tinha fim e para finalizar dores nos joelhos (estou a ficar velha, está visto, a falta de exercício físico e a idade não perdoam) e a minha teimosia de não tomar fármacos (só em último recurso)....ainda assim tivemos um absolutamente fantástico e prolongado fim de semana na deslumbrante cidade de Praga.
Praga é uma das cidades imperdíveis, é absolutamente fantástica, organiza e para lá de romântica. Mas a seu tempo alguns pormenores irão aqui ser documentados.
Hoje apenas escrevo para divulgar um pormenor absolutamente surreal que nos aconteceu na vinda para cá.
Não foram as minhas maleitas que estragaram a viagem, nem tão pouco este episódio. Nada conseguiria estragar o que lá vivemos, mas que apanhei uma boa carga de nervos, lá isso apanhei.
Então foi mais ou menos assim:
Felizes, de alma e coração cheios, descansadinhos da vida na fila para entrar no avião, chegada a nossa vez para colocar as devidas bagagens de mão no "medidor" metálico, com uma palmadinha a mala entra que nem uma luva, mas logo a parva da funcionária. "Não, não, a mala é muito grande, não obedece às medidas, tem que pagar 2500 coroas ou 50€". Desculpe!!! Está a brincar, só pode.
Mas não, não estava. Eu expliquei-lhe que medi a mala, que sou super cuidadosa tanto com as medidas, como com o peso. E sou, peso e meço sempre a mala. Ainda que seja sempre a mesma e que sempre tenha viajado, com ela desde há 10 anos, de nunca ter tido sequer um problema pequenino, pois esta senhora, para não dizer outro nome descobriu que a mala tem 1cm a mais, SIM, 1cm. Cabra!!!! Mediu-a na minha frente e eu não queria acreditar, ela a medir desde a pega até ao fim das rodas, resultado 1cm a mais já paga!!!
Pedi para falar com a chefe, mas isto já eu espumava por todos os orifícios e o meu homem, que é super calmo, a pedir-me calma, mas qual calma.
Chega a senhora que dá conta da ocorrência e juro que pude ver na cara dela, o ridículo da situação, mas claro que ela não podia desautorizar uma funcionária, que estava no fundo a cumprir o seu dever.
Nisto, os outros passageiros iam passando à nossa frente, uns indignados, outros assustados não lhes fosse acontecer o mesmo, outros que pagaram e e não reclamaram....tudo aconteceu!! E nós continuamos ali a dizer que era ridículo que não pagávamos que partíamos a mala e parti mesmo parte da mesma, consumida que estava com os nervos, mas o problema eram as rodas, ou melhor 1cm das rodas. Mas nós estávamos dispostos a partir o que fosse preciso, no último minuto, já todos à nossa espera no avião, deixaram-nos seguir, com o aviso que não voltássemos a viajar com aquela bagagem de mão.
Vim para casa com uma carga de nervos, nem podemos viajar lado a lado porque, claro, fomos os últimos e apanhamos os bancos salteados.
Não quero passar pelo mesmo e vou comprar outra mala que tenha as medidas certas, mas certo é que descobri naquele voo da Easyjet que a mala tinha 1cm a mais.
Sempre aprendendo...