quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O sabor amargo da desilusão

Quantas vezes na vida já desiludimos? Quantas vezes já fomos desiludidos? Com certeza que pelo menos uma vez isso já nos aconteceu a todos nós....infelizmente!
A desilusão vem quase sempre de pessoas muito próximas de nós, amigos, família ou colegas muito chegados a que muitas vezes chamamos apressadamente de amigos. O que é certo é que a desilusão também chega porque nós próprios elevamos àquela pessoa a uma categoria muito alta. Quanto maior a expectativa maior a desilusão.
A desilusão pode vir acompanhada de um pedido de desculpas sincero...mas...ela mina, moi, faz doer...e se deixarmos vai matando aos pouquinhos um sentimento. Eu tenho muito medo da desilusão...para mim é um dos sentimentos mais perigosos....a desilusão corrói.
Há muitos anos atrás li ou ouvi algures uma história que ditava mais ou menos assim:
Um pai disse ao filho: "aqui tens uma tábua nova e vários pregos. Por cada vez que maltratares alguém com palavras ou atos colocas um prego na tábua. Se assumes o teu erro, te arrependes e pedes desculpa, voltas a arrancar o prego". Assim foi durante algum tempo até a tábua estar repleta de buracos. Nessa altura o pai volta a explicar ao menino. "Pregaste um prego por cada vez que magoaste alguém, arrancaste-o porque te arrependeste, voltaste atrás e pediste desculpa. O que é uma atitude a louvar. Contudo o prego, ainda que já lá não esteja deixou a sua marca e lá permanecerá. O mesmo acontece quando magoamos alguém ainda que lamentemos o buraco, a mágoa...a desilusão fica lá".
Compete-nos a cada um de nós a escolha de muitos ou poucos buracos. Como seres imperfeitos já não digo limpa, mas digo que ao menos podemos tentar fazer por ter o menos de buracos possível.

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