Há aquelas mulheres que desde
sempre sabem que querem ser mães, sonham com esse dia, esperam por esse dia,
desejam esse dia.
Há também as que não querem
definitivamente. Ponto final. Parágrafo.
Depois há as outras, como eu, que
não estão muito para aí viradas mas não é um sim, nem é um não é um seja o que
Deus quiser.
A minha irmã, que me conhece
desde que nasci e que sempre acompanhou o meu não jeito com crianças (e que
várias vezes me disse que havia pessoas -eu- que não tinham nascido para serem
mães) ao fim de 4 dias de estadia cá em casa a observar-me como mãe teve que
render-se as evidências:
- Para quem não tinha jeito
nenhum com crianças, estás a sair-te muito bem como mãe!
O meu marido há uns dias:
- Para quem não queria ter filhos
és uma excelente mãe. És carinhosa, cuidadora, preocupada e super brincalhona.
E é isto.
Não preciso que ninguém me o
diga. Eu sei. Faço o melhor. Quero fazer ainda melhor. Este é o único papel na
minha vida, onde eu quero ganhar um Óscar.
Amo esta piolha duma forma que
não conhecia ser possível.
Amo Tudo…até os cocós. Há coisa
melhor para uma mãe que o cocó do bebé. Eu adoro. TUDO.
Adoro cuidar. Ainda grávida deu-me
um enorme gozo lavar (quase tudo) à mão, passar a ferro, organizar no roupeiro
os vestidinhos, os casaquinhos, as calcinhas, os interiores, os sapatinhos, as
fraldinhas….TUDO.
Passava/passo horas dentro
daquele micro quartinho a cuidar destas mini-roupinhas e adoro.
O Gerben pergunta-me que tenho
tanto para fazer, tiro dum lado, ponho do outro, mexo, remexo. Só para cheirar
mais um pouquinho, para me deixar envolver.
Ele não tem ordem para “tocar” na
roupa dela. Um dia tentou pô-la a secar. Vim de lá, feita leoa a rosnar. Não é
certo, nem errado é o meu jeito. Quero que isto dure para sempre. Quero desfrutar
o máximo possível. Até estender a roupa dela é com carinho que faço.
Não gosto/não gostava de engomar.
Mas adoro a roupa dela.
Agora são as sopas. Cada dia uma
nova, um alimento novo. Ontem fui ao mercado comprar legumes frescos. Vim para
casa experimentar novas receitas para ela. Dar de comer é uma animação.
Amamentar, já falei nisso? ADORO.
Acho que vou amamentar até ela sair de casa. Ok, se calhar é melhor não.
Quis muito amamentar, não foi
fácil. Precisamos as duas de muita paciência, muito amor. Doeu? Sim, às vezes
doeu muito, mas a vontade cura tudo e o amor também. É um momento tão nosso, só
nosso. É mágico saber que o meu bebé alimenta-se de mim, tal como nos primeiros
9 meses na minha barriga.
O banho, com os patinhos, uma
alegria. Tudo. Adoro Tudo.
Adoro poder acompanhar tudo aqui,
na primeira pessoa. Ninguém me conta nada. Eu estou aqui. Eu sou a primeira a
ver o primeiro sorriso da manhã, a dar a primeira sopa. Eu e o Yofi e depois o
papá.
É por isso que ela é tão minha. Dizem que não
é minha. Mas é assim que a sinto. É minha. Será sempre minha. O meu coração é
possessivo. Só sei amar de mais.
As birras, o choro. Custa? Custa!
Fazem parte. Amar é isto. Na alegria e na tristeza. Eu estou lá. Para o mimo,
para o colo, para o aconchego.
Brincar. Reaprendi. É tão bom. Ainda
agora estamos a começar e já é tão bom.
Será AMOR isto que sinto!?
Para ti meu amor GRANDE!
Claro que é tua, só tua :D
ResponderEliminarSerá sempre a tua menina...