A minha vida é passada entre três (ou mais) idiomas.
O inglês, pelo qual me expresso todos os dias. Já penso, definitivamente em inglês. Dou por mim a ter conversas mentais em inglês, até já devo sonhar nesta língua.
O holandês, que estudo, que leio, que oiço e que tento falar. Hoje o jantar foi todo passado em holandês. E a promessa de falar sempre em holandês quando há tempo está a ser cumprida. Mas vamos lá por os pontos nos is, que não se pense que eu falo bem. Desenrasco-me. Mas é bom, parece mentira, mas é verdade.
O mais engraçado é que digo uma frase e a seguir vem "mas perceberam mesmo". Nem eu mesma acredito que já falo esta língua.
E o meu português, como não poderia deixar de ser, falo-o quando falo para Portugal.
No outro dia queria dizer qualquer coisa como "ele da-me muito apoio", então e para me lembrar da palavra apoio, minha nossa, só dizia suporte, isto por cauda do support. Ah, pois é e ainda só lá vão 4 meses, o que será daqui a um ano.
Agora percebo os emigrantes, os famosos "franceses" de Agosto, no Algarve, que misturam o português com o francês e que dizem as maiores barbaridades. Não, não é pura vaidade (mania) e agora percebo. Eu que muitas vezes me ri e até julguei quem o fazia. Eu que, sem perceber, pensava que se estavam a armar. Não. Não estavam é apenas fruto do que se ganha ou perde quando se vive fora.
Quantas vezes aqui, numa única frase misturo as três línguas. E, agora, o mais habitual é misturar o inglês com o holandês, isto porque há palavras que já sei melhor em holandês que inglês.
Ahh, só mesmo para terminar, não são três são quatro porque volta e meia falo castelhano, que os há aqui as carradas.
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