terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Médicos, aqui

As minhas aulas de holandês são de veras interessantes, para além de irmos aprendendo a escrever, falar, ler...vamos também conhecendo aspetos culturais e modos de vida deste país. As aulas são temáticas e todas as semanas há um tema novo, o que as torna muito interessantes e de certa maneira sempre motivantes.
Esta semana o tema são os médicos, doenças e afins. Já me tinha vindo a aperceber pelo meu namorado que em termos médicos o sistema funciona bem diferente do português. Hoje, na aula tive a confirmação.
Parece interessante e melhor que tudo que funciona muito bem.
Ainda não tenho conhecimento suficiente para acrescentar muito pormenores. Mas um aspeto que achei bastante relevante é que, antes de se aparecer no médico deve sempre ligar-se, falar com a/o assistente do mesmo. Depois de explicados os sintomas, o assistente faz a triagem se é ou não necessário ir realmente ao médico. Se não for nada de grave, trata-se com paracetamol (aqui trata-se quase tudo com paracetamol).
Se se tratar de uma situação urgente aí sim marca-se uma hora com o médico de família.
Para além disso, as estatísticas dizem que os holandeses não gostam de ir ao médico e só mesmo em caso de extrema necessidade o fazem. Ao contrário dos estrangeiros que cá vivem que vão com frequência, liderando a tabela estão os turcos e os marroquinos.
Não querendo armar-me em analista, julgo que isto se poderá analisar também tendo em conta o fator cultural. Os holandeses (segundo a minha professora e o meu namorado) vão mais ao psicólogo. Ao contrário de outras culturas (incluindo um pouco a portuguesa também) que ainda julgam que psicólogos é para "maluquinhos". Então as doenças do foro psíquico vão-se tratando como se fosse dores nas costas, de cabeça e assim.

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