quarta-feira, 25 de março de 2015

Num mundo de valores invertidos

Pergunto-me muitas vezes para que tipo de sociedade estamos a caminhar. Duvido outras tantas da sanidade que o mundo do facilitismo, da artificialidade e da aparência nos trará. Hoje, mais do que nunca me questiono sobre tudo isto porque gerei um ser humano e quero para ela melhor do que quero para mim.
Quero muito que ela cresça num mundo real. Num mundo em que há lugar para o bem, mas o mal também faz parte, num mundo em que há lugar para rir, mas também para chorar, num mundo onde o amor é o mais forte e bonito dos sentimentos e onde a ambição e a aparência pouco valem.
Quero tanto que a minha menina se faça uma mulher de valores fortes e de idéias generosas. Não a quero ver que nem uma boneca artificial, onde possuir uma mala LV é uma questão de honra e determinante para uma identidade (fútil).
Quero muito que ela cresça livre de pensamento, sem as pressões de uma sociedade que dita que ter é melhor que ser.
Quero que ela aprenda que a beleza está dentro de cada um de nós e que a aparência é apenas uma fantasia que muitas vezes faz doer. Que é de dentro para fora que temos que trabalhar e não o contrário.
Dei por acaso com isto e é impressionante como começamos a ser manipulados desde pequeninos para a artificialidade e sobretudo para o perfeccionismo. Este último nem seria tão grave se fosse por razões nobres. Mas não o perfeccionismo maléfico de sermos melhor que o outro, de termos mais que o vizinho, de sermos mais elegante que a amiga...e por aí a fora.
Como podemos nós proteger os nossos filhos deste mundo comercial, deste mundo de venda barata de uma imagem que não existe?
Este é um dos grandes objetivos do meu Ser mãe!!!
Ora vejam as bonecas, o antes e depois. Onde está a verdadeira beleza? A doçura? A inocência?
Não dá que pensar!?


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