Pergunto-me muitas vezes para que tipo de sociedade estamos a caminhar.
Duvido outras tantas da sanidade que o mundo do facilitismo, da artificialidade
e da aparência nos trará. Hoje, mais do que nunca me questiono sobre tudo isto
porque gerei um ser humano e quero para ela melhor do que quero para mim.
Quero muito que ela cresça num mundo real. Num mundo em que há lugar para o
bem, mas o mal também faz parte, num mundo em que há lugar para rir, mas também
para chorar, num mundo onde o amor é o mais forte e bonito dos sentimentos e
onde a ambição e a aparência pouco valem.
Quero tanto que a minha menina se faça uma mulher de valores fortes e de idéias
generosas. Não a quero ver que nem uma boneca artificial, onde possuir uma mala
LV é uma questão de honra e determinante para uma identidade (fútil).
Quero muito que ela cresça livre de pensamento, sem as pressões de uma
sociedade que dita que ter é melhor que ser.
Quero que ela aprenda que a beleza está dentro de cada um de nós e que a
aparência é apenas uma fantasia que muitas vezes faz doer. Que é de dentro para
fora que temos que trabalhar e não o contrário.
Dei por acaso com isto e é impressionante como começamos a ser manipulados
desde pequeninos para a artificialidade e sobretudo para o perfeccionismo. Este
último nem seria tão grave se fosse por razões nobres. Mas não o perfeccionismo
maléfico de sermos melhor que o outro, de termos mais que o vizinho, de sermos
mais elegante que a amiga...e por aí a fora.
Como podemos nós proteger os nossos filhos deste mundo comercial, deste
mundo de venda barata de uma imagem que não existe?
Este é um dos grandes objetivos do meu Ser mãe!!!
Ora vejam as bonecas, o antes e depois. Onde está a verdadeira beleza? A
doçura? A inocência?
Não dá que pensar!?
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