Às vezes o Yofi olha-me curioso, tipo, estás a falar comigo? E logo percebe que o assunto não é com ele e volta a dormir.
Egraçado é que neste tipo de conversas tenho sempre os melhores discursos e argumentos. O que nem sempre acontece na vida real.
Anyway, desta feita estava a falar com alguém (não me lembro quêm) sobre as saudades de Portugal. E o que noto é que cada vez tenho menos saudades de coisas.Vou descobrindo e compensado com outras coisas que aqui me dão igualmente gozo.
Saudades de pessoas continuo a ter, claro, mas até isso vai apaziguando com o tempo.
Contudo no meio deste rol de pensamentos fui dar a uma coisa de que realmente tenho uma imensa saudade e (felizmente) dificilmente recuperarei. Os meus sábados e/ou domingos solitários na praia no inverno. Eram qualquer coisa de bom. Levantar, vestir a roupa mais prática e confortável, tomar o pequeno-almoço, pegar no cão e num livro e conduzir até à praia. Até o facto de conduzir aqueles 8km me sabia bem (eu adoro conduzir, atenção. Trabalhei quase 2 anos em Silves, ia todos os dias de Faro para Silves, cerca de 140km no total e muita gente me achava louca por fazê-lo. Eu adorava aqueles 45 minutos só para mim e para a minha música, enfim outros tempos, outras conversas).
Voltando à praia, dar grandes passeios com o Yofi à beira mar, escutar o mar, olhá-lo...que paz, tranquilidade. Passar umas horas, no Paquete, a ler um livro e a beber um café quentinho enquanto o Yofi brincava na praia com os outros cães que iam passando. Não era bom era maravilhoso.
Foi depois de um desses sábados que o meu coração foi roubado por um holandês.
A minha é hoje muito mais rica e colorida, não a troco por nada, mas esses dias na praia fazem-me, às vezes muita falta.
Este gaiato fez-se homem na praia.
que saudades da praia sempre ali ao lado! Perto, a muito pouco de distância...
ResponderEliminarAgora vais para a praia com mais companhia :)