Como uma força...que ninguém pode parar

É e será sempre a minha canção de hino à Seleção Nacional (até que outra a consiga destronar).
Esta canção...
Moveu uma nação,
Pós a cantar meio mundo,
É linda,
É forte,
É positiva,
Arrepia-me,
Faz-me sonhar...
Não sou fanática por futebol, mas claro adoro os jogos da seleção e este ano, o Europeu, vai ser vivido ao rubro e com muita emoção aqui.
Força seleção!!! E é esta a cação que vou ouvir, sem dúvida!

(tenho pena, criei muitas expectativas na nova, mas não consigo gostar, ouvi esta e também gostei bastante, mas para mim não há nenhuma como a primeira, como uma força...)

...no caminho para casa prometi-me a mim mesma passar a andar sempre com a máquina fotográfica comigo, já que o meu telemóvel não é assim tão à frente. Isto porque passo sempre por sítios tão bonitos e reparo em casas, barcos ou pormenores que valem a pena uma fotográfica. Já várias vezes me arrependi de não a ter comigo e hoje mais uma vez aconteceu, até porque o bom tempo convida à fotografia e esta cidade é linda, mas com sol é mágica.
Bem, chega de conversa, tenho aqui um cão que me está a cobrar mimos.

Coisas por aqui

Hoje, depois das aulas, fui explorar um mercado que fica na outra ponta da cidade, mas que me foi recomendado por uma amiga minha. Como fica um nadinha depois da minha escola aproveitei. Basicamente é igual a todos os outros, onde se vende tudo, desde comida, a roupa, calçado, eletrodomésticos.....e afins.
Convencida que não havia nada de novo parei na banca do peixe. Sim, porque ando sempre "à cata" de peixinho fresco, bom e de preferência a um preçozinho simpático. Falando no meu novo dialeto, digámos que é um "inglandês", o senhor entendeu que eu era espanhola e saca dumas palavrinhas em espanhol e eu continuei a conversa em espanhol e quando vêm de lá outro e diz "você é mas é portuguesa"...e pronto conheci e fiz um "amigo" português na banca do peixe. Escusado será dizer que passou a ser a minha banca preferida - pena ser tão longe - até porque me garantiram que têm com bastante frequência sardinha fresca, que é quase uma iguaria aqui.
Vim de lá toda satisfeita com 3 quilinhos de peixe e hoje imagine-se o que é o jantar!!??? Aceitam-se apostas.
Só mais uma coisinha,aqui há uns quantos mercados, eu já conheço alguns. O mais conhecido é o Albert Cuyp, é uma verdadeira loucura, quase nem se consegue andar. Eu prefiro os mais pequeninos.
Isto para dizer que na minha terra, ir ao mercado era coisa de pobre, aqui são muito procurados porque a relação preço/qualidade é ótima. Eu sou fã, até porque é onde encontro o melhor peixe. Aqui não se vende peixe nos hipermercados, como estava habituada em Portugal.

Em suma

A Salsinha tem andado muito apagadinha por estas bandas porque a chuva deu tréguas, o sol decidiu dar ar da sua graça e assim ninguém me prende em casa atrás de um computador.
Então, em suma, a experiência com os peixinhos foi assim fantástica. Assim que lá pus os pés vieram às dezenas, é uma sensação muito estranho, faz impressão e tive que "me acalmar", mas foi só nos primeiros minutos depois é super relaxante e os pés ficam como novinhos.
Depois veio o dia do aniversário. A Salsinha fez 34 anos, sim. Foi bom, mas as saudades dos amigos e da família não foram fáceis de gerir. Mas o meu homem e o meu cão esforçarem-se para me ver feliz. Fomos jantar a um restaurante grego a Utrecht, assim qualquer de coisa, a comida divinal, a atmosfera muito acolhedora.
..e pronto depois foi trabalhar, aproveitar o sol ao máximo, muita churrascada na varanda e por aí.
E agora tenho resmas de trabalho de casa para fazer, tudo à conta de vários dias de ramboia.
Apetece-me tanto!!!

Encontro marcado

Semana bonita, alegre e cheia, bem como eu gosto.
A menina faz amanhã 34 anos. Sim!!! É verdade, eu sei que ninguém me dá menos que 20. Obrigada.
A antecipar as prendinhas, os meus pés têm daqui a nadinha um encontro marcado com o Dr. Fish.

Ai que medo!!!

Bem-vindo. Confesso que já tinha saudades suas sr sol.
Porque a vida é tão mais fácil, bonita e colorida consigo, peço-lhe que fique.

Conhecendo a Holanda

Ontem aproveitamos o dia de sol e fomos à descoberta. E vimos coisinhas bonitas. Este país guarda alguns segredos é facto. É tudo tão plano mas em Bergen fomos conhecer as famosas dunas que são bastante altas...e é onde o pessoal apaixonado pelo BTT consegue matar o vício. Isto porque as dunas estão cobertas de vegetação e árvores, havendo trilhos para a prática da modalidade. Uns quilómetros adiante há uma extensão de praia e alguns aventureiros já se faziam a banhos. 
No caminho fomos dar com os famosos moinhos de vento, há os por todo o lado. Muitos deles já feitos a contar com o turismo. Estes, segundo o Gerben, era mesmo de verdade. A paisagem parecia mesmo um postal.

Chegámos então a Enkhuizen, uma antiga cidade de pescadores, muito linda. Atualmente muito virada para o turismo, com uma grande marina, mas com uma arquitetura muito própria e ruas que valem a pena serem exploradas.

Depois atravessámos o famoso dique Houtribdijk que liga a cidade de Enkhuizen a Lelysatd. O dique tem cerca de 30km e foi finalizado em 1975, com o objetivo de baixar o nível da água do mar para criar mais uma província, a de Flevolândia, sendo Lelystad a capital, encontra-se a cerca de 5 metros abaixo do nível do mar.
Fechamos o dia em grande, com um jantar entre os três manos e respetiva/os a antecipar os aniversários das meninas que são todos na mesma semana.

Há tanto tempo que não tinha um dia assim, sozinha, só para mim que me está a saber muito bem estar para aqui sentada na minha varanda, aproveitando os raios de um sol muito envergonhado, desfrutado de um belo sumo de laranja algarvia, ouvindo isto e um livro como companhia. Aos meus pés o cão dorme.

Sou grande fã de um sistema que eles tem aqui. Quando vêm entregar uma encomenda a casa sem que cá estejamos, deixam-na na casa do vizinho que atender. Sem problemas, nem complicações.
É muito fácil, deixam o aviso com o número da porta do vizinho e já está, é só lá irmos quando podermos, evitando assim a ida aos correios. 

Agora estou para aqui a desfrutar a arte de não fazer nada.
Na cozinha já cheira bem, a mensagem vem a seguir.
Depois de duas semanas a trabalhar, a estudar e a não parar um segundo....Eu mereço!!!
Boa noite e sonhos docinhos.

Casório Holandês

Ontem fui ao primeiro casamento holandês. Sim, ontem foi quarta-feira (hoje é feriado aqui - eu tive que trabalhar).
E não é que foi um espetáculo. Quer dizer, eu sempre adorei casamentos e festas do género. Comparar com o que estou habituada em Portugal é quase ingrato. Foi muito diferente!!! Eu já tinha ido há uns anos a um em França e foi mais parecido.
A cerimónia  não foi religiosa (foi também a minha estreia, porque até então sempre tinha ido à igreja). Nesse aspeto não sei como se passa em Portugal.  Aqui foi muito bonito / agradável. A sala estava decorada com flores, todas as pessoas sentadas, os noivos num lugar de destaque bem como a notário, que trajava a rigor. Esta falou imenso (não sei o que disse) mas ia fazendo piadas porque as pessoas riam e eu ria com elas.
Depois, não houve a famosa sessão fotográfica, como há em Portugal, a fotógrafa ia discretamente fotografando. Fomos então para um café / restaurante onde convivemos, bebemos e comemos. Muito pouco a Portuguesa, pois aqui encher o prato ou repetir é quase falta de educação.
À noite havia outra festa, num bar, para beber e dançar. Não cheguei a perceber se havia distinção dos convidados de uma festa para outra (como houve em França).
Segundo o meu holandês, este não foi um casamento convencional, ainda que não haja exatamente uma regra estabelecida, cada um faz como quer, do que percebi.
Este, na minha opinião, foi muito agradável, descontraído e informal. Eu diverti-me muito, conheci imensas pessoas (finalmente o grupo de amigos dele), falei imenso holandês.
Em relação a roupa também não houve o protocolo de cada um ir de fatinho e gravata e as senhoras com os melhores vestidos da temporada. As pessoas estavam arranjadas de forma simples, tal como eu e o meu homem, simples e janotas.
Gostei muito mesmo, gezellig.

Discutir é bom, fazer as pazes é melhor

Estive envolvida numa briga com o meu homem durante dois dias. Dois longos dias. Começou por uma divergência de opiniões e logo se tornou num grande amuo de ambas as partes. Cada um tinha os seus argumentos e a razão do seu lado. 

Digo já que discutir em inglês não é fácil. Dá trabalho, custa-nos tempo e energia.

Andámos mesmo de "costas voltadas" e tentamos fazer do nada um grande problema. Até que se fez luz nas nossas cabecinhas, um nadinha primeiro na dele. 

E pronto, conversámos e tudo se resolveu e agora parece que não foi nada e fizemos promessas de termos mais paciência um com o outro. Obviamente que ambos temos memória curta e volta meia volta temos argumento de discussão. 

Só para vos dar uma ideia que até a hora do jantar já fui discutida cá por casa. Ora, eu como boa portuguesa jantar para mim é só lá para depois das 20h e quem diz 20h diz 21h. O rapazinho cá de casa chega às 17h30 do trabalho e começa logo a pensar no jantar, é mesmo à holandês (já me tinham avisado). Isso para mim é hora do lanche, se janto a essa hora quando é hora de dormir estou novamente esganada com fome. 

Tentámos chegar a um consenso e tentamos jantar por volta das 20h ou até um nadinha antes. 

Isto para dizer, mesmo que não goste de estar aborrecida com ele, custa-me tempo, energia e felicidade, encaro as discussões como naturais. Para além de sermos de sexo oposto, não falamos a mesma língua nativa, não temos a mesma cultura e há tanto detalhe e pormenorzinho que tem mesmo que ser discutido. Como nem um nem outro é submisso há bastante chama acesa para a discussão. 

Agora é fácil dizer isto, mas ontem andava com a alma em sangue. 

Pronto, já disse. 

O lugar da bicicleta

Já me tinha questionado sobre o assunto e hoje confirmou-se (não por experiência própria graças a Deus) que as bicicletas são "rebocadas" e levadas para aqui quando mal estacionadas. E claro paga-se a devida coima, caso a queiramos de volta. A coima parece-me um preço justo, a módica quantia de 10€. Não poderia ser muito mais, pois aqui com 30€ já se compra uma bicicleta usada e boazinha. 
Ora, eu quando aqui cheguei até me portava bem e tentava sempre arranjar um lugarzinho que me parecesse o adequado, mas com o tempo percebi que há situações e lugares em que é impossível.
Mas também acredito que a quem lhe aconteça ser "rebocado" é um caso de "sorte" ou azar porque aqui há tantas e tão mal estacionadas que os senhores "polícias" não fariam mais nada durante o dia se não andar para trás e para a frente com bicicletas.
Quanto a mim esta está a pedi-las. 

 (imagem retirada da Internet)

Temos pena

É muito triste uma mulher não ter paciência nem jeito para compras. E eu até gosto, de vez em quando, ter uns trapinhos novos para usar.
Para a semana tenho um casamento na quarta-feira. Sim, na quarta-feira. É a primeira vez na minha vidinha que tenho um casamento durante a semana. Já tinha ouvido falar que os há à sexta, mas à quarta é novo. É do tipo,  "ah e se casássemos amanhã"..."bora lá".
Não é o caso, pois há muito que recebemos o convite e desde essa altura que andava a adiar a compra da fatiota.
Ontem, não podendo adiar mais dediquei-me toda a tarde a entrar e a sair de lojas e a experimentar roupa. E que trouxe comigo?? Uma mão vazia e a outra cheia de nada. ZERO. Não gostei de nada.
Hoje, depois do trabalho lá fui eu e o homem novamente, desta feita à Primark. Diziam-me maravilhas desta loja mas nunca lá tinha posto os pezinhos até há pouco. É enorme, é sim senhora, os preços são em conta é certo, mas a coleção, pelo menos esta, é para mim, absolutamente horrenda. Parece que foi tudo tirado do baú das avós. Bom, é melhor estar calada se não os chicos espertos em moda ainda me vêm dizer que são as tendências deste ano. Até pode ser, mas eu prefiro vestir trapinhos que gosto e não porque são feios como tudo, mas estão na moda.
Temos pena, tenho que me contentar com um dos vestidinhos antigos e que já vesti para lá de muitas vezes. Depois tenho sempre o meu homem para me dizer coisas simpáticas como "tu ficas bem em qualquer coisa que vestes". Toma-te!!
Para além disso, ao que parece os casamentos aqui de nada se parece com os nossos, parece que é uma coisinha muito caseira, ou pelo menos este. Vamos ver.
Opahh mas eu até gostava de levar qualquer coisinha nova.

A minha mãe

A minha mãe é o meu pilar, o meu porto de abrigo, a minha vida. 

Com os anos aprendi a valorizar e a respeitar a dedicação, o amor e a preocupação que tem para comigo, às vezes exagerada, mas quem sou eu para criticar, eu não sou mãe, não sei que sentimento é esse que se nutre por um filho, mas que acredito ser supremo. 

Amo tanto a minha mãe que às vezes até sinto um nó na garganta de saber que estou tão longe dela e sufoca-me pensar que poderei lá não estar se ela precisar de mim.

Lembro-me de andar ao seu colo e como tenho saudades desse tempo. 

Hoje, o meu papel é amá-la e mostrar-lhe esse amor sempre que posso. Não é dizer aos outros, ou dizê-lo aqui e ignorá-lo perante ela. 

Adoro-lhe dizer que a adoro. Adoro dar-lhe beijinhos e estrafegá-la.

E vou já parar com isto porque o mar de lágrimas vem a caminho.

Túlipas no seu melhor

E pronto, hoje foi o dia de ir ver o famoso jardim das tulipas, Keukenhof também conhecida como o Jardim da Europa. Diz quem sabe que é o maior jardim de flores do mundo. De facto há lá muita flor, sobretudo túlipas de todas as cores, feitios e tamanhos. São plantados anualmente cerca de sete milhões de bolbos de flores. 

Este parque está aberto ao público unicamente 2 meses por ano entre Abril e Maio e recebe centenas e centenas de pessoas por dia. 

De facto vale muito a pena uma visita, é o paraíso para quem gosta de flores. 

Eu lá fui toda contente com uma amiga, de máquina fotográfica em punho e pronta para tirar 1001 fotos....pena foi a bateria da máquina ter ficado em casa a descansar. É assim tenho que começar a dar razão ao homem quando ele diz que eu ando a ficar parecida com ele. Eu apreciaria mais que o "parecida" fosse mais nas coisas boas do que nas "más". 

 Enfim valeu-me a minha amiga que tinha máquina para a as duas e tirou as fotos. Aqui ficam algumas. 

Coincidências…as não há!

Em 1999, há 13 anos (o tempo passa tão depressa) fui a uma viagem de trabalho à Madeira. Essa viagem era um intercâmbio de jovens europeus que trabalhavam na área do desenvolvimento social e local. Conheci pessoas de vários Países, entre elas a Fátima.

E talvez porque partilhávamos a mesma “língua” ou parte da mesma “cultura” houve desde logo uma forte ligação entre nós. Passou-se a viagem, cada uma rumou à sua terra, ao seu país.

Comunicamos ao longo de alguns anos por carta (a Internet ainda não era usufruto nas nossas vidas nessa altura). Fizemos promessas de nos visitarmos até ao dia em que perdemos o rasto uma da outra…e assim a vida foi acontecendo, até ao dia em que decidi vir morar para esta cidade.

A Fátima nasceu e sempre viveu em Amesterdão, é uma holandesa muçulmana (usa o véu) filha de mãe portuguesa e pai marroquino. Uma mulher lindíssima, inteligente e com a qual eu perco a noção do tempo quando falo.

Ao longo destes cerca de 10 anos de desencontros várias vezes me lembrei da Fátima e claro quando me apaixonei por um holandês de Amesterdão a vontade de a voltar a ver veio naturalmente.

E é nestas situações que as tecnologias fazem o seu papel e através de uma rede social descobri a minha querida Fátima, que me recebeu nesta terra de braços abertos, sem nada cobrarmos a estes 10 anos quenos separaram.

Cada vez que estamos juntas perdemos a noção do tempo. Hoje foi um desses dias. Uma tarde fantástica.

É impressionante as voltas que a vida dá, as coincidências ou não coincidências que nos trazem de volta as pessoas boas à nossa vida.

A Fátima podia morar em qualquer outra parte do mundo, mas não, ela mora em Amesterdão.

Eu podia ter-me apaixonado por alguém de outra qualquer parte do mundo, mas não, apaixonei-me por alguém de Amesterdão.

O cão no avião

Quando digo que este cão é especial, digo porque ele é mesmo. Nasceu com uma estrelinha.

 "Vá lá dona tira-me daqui". E a dona tirou.

E pronto este momento lindo foi antes de ouvir o raspanete da hospedeira de bordo. "Ponha já o cão imediatamente no saco"...e eu pus.