Em 1999, há 13 anos (o tempo passa tão depressa) fui a uma
viagem de trabalho à Madeira. Essa viagem era um intercâmbio de jovens europeus
que trabalhavam na área do desenvolvimento social e local. Conheci pessoas de
vários Países, entre elas a Fátima.
E talvez porque partilhávamos a mesma “língua” ou parte da
mesma “cultura” houve desde logo uma forte ligação entre nós. Passou-se a viagem,
cada uma rumou à sua terra, ao seu país.
Comunicamos ao longo de alguns anos por carta (a Internet
ainda não era usufruto nas nossas vidas nessa altura). Fizemos promessas de nos
visitarmos até ao dia em que perdemos o rasto uma da outra…e assim a vida foi acontecendo,
até ao dia em que decidi vir morar para esta cidade.
A Fátima nasceu e sempre viveu em Amesterdão, é uma
holandesa muçulmana (usa o véu) filha de mãe portuguesa e pai marroquino. Uma
mulher lindíssima, inteligente e com a qual eu perco a noção do tempo quando
falo.
Ao longo destes cerca de 10 anos de desencontros várias
vezes me lembrei da Fátima e claro quando me apaixonei por um holandês de
Amesterdão a vontade de a voltar a ver veio naturalmente.
E é nestas situações que as tecnologias fazem o seu papel e
através de uma rede social descobri a minha querida Fátima, que me recebeu
nesta terra de braços abertos, sem nada cobrarmos a estes 10 anos quenos separaram.
Cada vez que estamos juntas perdemos a noção do tempo. Hoje
foi um desses dias. Uma tarde fantástica.
É impressionante as voltas que a vida dá, as coincidências
ou não coincidências que nos trazem de volta as pessoas boas à nossa vida.
A Fátima podia morar em qualquer outra parte do mundo, mas
não, ela mora em Amesterdão.
Eu podia ter-me apaixonado por alguém de outra qualquer parte
do mundo, mas não, apaixonei-me por alguém de Amesterdão.
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