quarta-feira, 4 de março de 2015

Conversas imaginárias

Andava eu aqui embebida nos meus pensamentos, que desta vez eram sobre Portugal. Não sei se sou só eu mas eu tenho sozinha grandes conversas com amigos imaginários e/ou pessoas a serio. Faço as perguntas e dou as respostas e às vezes até falo em voz alta. Sempre o fiz, em casa, na rua, se estou sozinha arranjo sempre companhia para falar.
Às vezes o Yofi olha-me curioso, tipo, estás a falar comigo? E logo percebe que o assunto não é com ele e volta a dormir.
Egraçado é que neste tipo de conversas tenho sempre os melhores discursos e argumentos. O que nem sempre acontece na vida real.
Anyway, desta feita estava a falar com alguém (não me lembro quêm) sobre as saudades de Portugal. E o que noto é que cada vez tenho menos saudades de coisas.Vou descobrindo e compensado com outras coisas que aqui me dão igualmente gozo.
Saudades de pessoas continuo a ter, claro, mas até isso vai apaziguando com o tempo.
Contudo no meio deste rol de pensamentos fui dar a uma coisa de que realmente tenho uma imensa saudade e (felizmente) dificilmente recuperarei. Os meus sábados e/ou domingos solitários na praia no inverno. Eram qualquer coisa de bom. Levantar, vestir a roupa mais prática e confortável, tomar o pequeno-almoço, pegar no cão e num livro e conduzir até à praia. Até o facto de conduzir aqueles 8km me sabia bem (eu adoro conduzir, atenção. Trabalhei quase 2 anos em Silves, ia todos os dias de Faro para Silves, cerca de 140km no total e muita gente me achava louca por fazê-lo. Eu adorava aqueles 45 minutos só para mim e para a minha música, enfim outros tempos, outras conversas).
Voltando à praia,  dar grandes passeios com o Yofi à beira mar, escutar o mar, olhá-lo...que paz, tranquilidade. Passar umas horas, no Paquete, a ler um livro e a beber um café quentinho enquanto o Yofi brincava na praia com os outros cães que iam passando. Não era bom era maravilhoso.
Foi depois de um desses sábados que o meu coração foi roubado por um holandês.
A minha é hoje muito mais rica e colorida, não a troco por nada, mas esses dias na praia fazem-me, às vezes muita falta.






Este gaiato fez-se homem na praia.

1 comentário:

  1. que saudades da praia sempre ali ao lado! Perto, a muito pouco de distância...
    Agora vais para a praia com mais companhia :)

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