quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Inteligência emocional

Aqui há uns anos frequentei um curso de inteligência emocional, que mudou em parte a minha vida. 
O curso foi fantástico, dado por uma formadora extremamente dinâmica e muito boa naquilo que faz. O grupo, era também muito bom, o qual chamamos Oásis. 
O curso funcionou quase como uma terapia de grupo, iniciamos com conceitos, técnicas de relaxamento...etc. Tivemos também dois fins de semana de actividades todos juntos. Onde falamos, desabafamos, rimos, choramos...Foi mesmo muito bom. 
E melhor que isso foi o que ele me trouxe, não digo que mudei radicalmente a minha atitude, mas aprendi truques e técnicas que me acompanham e que fazem a diferença no meu-dia-a-dia desde então. 
Não quero aqui de todo definir o que é inteligência emocional, deixo isso para os entendidos, contudo na minha visão, a mesma é a capacidade de nos conhecermos a nós mesmos, nas mais variadas situações e saber lidar com isso, tirando o melhor proveito.
Considero-me uma optimista por natureza, como tal isso não precisou ser trabalhado, contudo e como muito emotiva que sou o meu discurso era sempre muito carregado de emoção. Foi uma das coisas que aprendi, devemos ter cuidado com as palavras porque elas tem muito peso nos nossos comportamentos. Eu usava muito este tipo de expressões "que raiva", "eu odeio" e por aí a fora. Nem era acerca de pessoas (que eu não odeio ninguém), eram coisas, não interessa, eram as palavras em si, que metem muita carga negativa no nosso organismo. Hoje, praticamente não as uso. 
Outra coisa é o facto de ter aprendido a não dar importância a pequenas coisas, factos, situações (ou pelo menos tentar). Se o carro não quer pegar de manhã, se está uma fila enorme de trânsito, se qualquer coisa avariou em casa, o que for. Tenho duas hipóteses ou ficar aborrecida e ainda mais furiosa com a situação, ou agir com naturalidade, tipo, são coisas que acontecem e tentar resolver da melhor maneira possivel a situação. Ou seja, não deixar que a situação tome conta de mim e sim o contrário. Acaba por ser tudo mais fácil. 
O pensamento, esse menino traiçoeiro e que pode ser um grande inimigo. Pois é já pensaram que ele não é "real". Quando pensamos estamos um momento atrás ou um momento à frente, ou seja, pensamos coisas que aconteceram e que já não podemos mudar, ou coisas que estão para acontecer e que são uma incógnita e que muitas vezes nós fazem sofrer por antecipação. 
Isto treina-se, acreditem, funciona comigo. 
O que nós faz sofrer ou angustiar é o pensamento, e ele não pára, é terrível! Mas nós podemos treiná-lo, quando tivermos a pensar algo que nos magoa devemos canalizar o pensamento para algo que nos faz sentir bem. Quando tivermos a sofrer por antecipação é pensar que dali a alguns momentos já tudo passou e nada do que estávamos a prever aconteceu e por aí a fora...
Para mim resulta mesmo!!! Eu era sem dúvida muito stressada e hoje estou muito mais calma, não quer dizer que tudo corra bem, obviamente que não, mas que ajuda, ajuda e muito. 
Mais, fazermos os outros felizes é sinonimo de nos fazermos felizes. Não credito que não se sintam bem quando sentem que fizeram ou disseram algo que deixou outra pessoa feliz. Isto é básico, para mim claro!
Desde que aprendi a elogiar, expressar sentimentos bons, dar reforços positivos (verdadeiros)...etc, não quero outra coisa porque faço alguém sentir-se bem e isso reflecte-se em mim é como um espelho.
Vão na rua, encontram uma amiga, primeira coisa "olá, olá, estás mais gorda!!" NÃO!!!! Não, definitivamente não!!! Se o pensarem não o digam, não vão acrescentar nada à vida dessa pessoa, além de frustração. Ou não dizem nada ou elogiam o cabelo, a roupa....Acho que ninguém é feliz dizendo este tipo de coisas.
Uma última e nesta linha de pensamento, há muito boa gente que com a desculpa de ser muito sincera e directa diz tudo o que pensa aos outros, pois claro. 
"Essa roupa fica-te horrível. Esse corte de cabelo não te favorece"...Bla, bla até assuntos mais específicos, incluindo quando são "sinceros" com os outros pegando em opiniões de terceiros.
Primeiro: se alguém nos pede uma opinião damos, sendo sensivelmente sinceros. Não pegar logo a matar. Basta meter-mo-nos no papel do outro. "Bem, essas calças fazem-te um rabo enorme". Boa era mesmo isso que eu queria ouvir, ou talvez não.
Segundo: Se não nos pedem opinião, não a damos, é desnecessária!!
Terceiro: Elogiar, Sempre!!
Não me parece que alguém possa ser feliz dando a troca de nada esta "infelicidade" aos outros.
O livro, Profecia Celestina (o qual aconselho vivamente), aborda muito a questão das energias, as que passamos e as que nos passam. 
Quando encontramos um amigo/conhecido na rua, trocamos inconscientemente energia, compete-nos a nós escolher se queremos passar a positiva ou a negativa!
 Isto não são verdades absolutas, são algumas das minhas teorias que tento sempre que me é possivel colocar em pratica. 
Bom dia!

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