quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Os 30 e 3

Esta é a minha bonita idade. Digo isto por muitas razões, mas sobretudo porque às vezes acontece-me ouvir pessoas a queixarem-se que já chegaram aos 30 e até recusarem dizer a idade que têm. Como se isso fosse vergonha ou limitação para alguma coisa. 
Obviamente que este blog não é para julgar ninguém mas sim para opinar e partilhar o que me vai na alma. 
Grande parte de nós quando é criança e adolescente quer parecer adulto e quando de facto chega essa altura é difícil e duro assumir que há coisas que só nos são permitidas enquanto crianças. E depois também há os que nunca chegam a ser adultos, mas isso é outra conversa. 
Eu nunca fui precoce em nada, é facto. O que quero dizer com isto é que nunca tive pressa de crescer, nem de parecer mais velha. Nunca tive aquela vontade de fazer os 18 anos para ter a carta de condução, tanto é que só a tive lá para os 21.
Nunca tive pressa de ir para a Universidade (por motivos vários) e hoje só vejo isso como uma vantagem, pois com 24 anos tinha mais opinião e certeza do que gostaria de fazer na minha vida. 
Nunca tive pressa de casar, desistindo mesmo de um casamento por achar que ainda não era a altura.
Nunca tive pressa de partilhar a vida com alguém no mesmo espaço, tanto é que só agora há pouco mais de dois meses me estreei nestas andanças (confesso que se soubesse que era assim tão bom já o tinha feito há mais tempo, com o mesmo homem, claro).  E por aí a fora. 
O que quero dizer é que me sinto muito bem com a idade que tenho, os 30 trouxeram-me uma confiança e serenidade que os 20 não conseguiram.
 Claro que também é bom quando chegar aos 33 e ninguém nos dar sequer 30. Sempre foi assim comigo e nunca me aborreci com o assunto, ainda que não seja muito bom para uma adolescente de 19 lhe darem 13.
O que é certo é que aos 33 anos ainda me sinto uma "gaita" e não se confunda esta palavra com irresponsabilidade, porque há muito tempo que a responsabilidade entrou na minha vida. 
O que quero dizer é que gosto de brincar e de fazer coisas que não lembram a certos adultos. Eu gosto de pensar que vou ser assim a vida inteira porque se há coisa que admiro é ver uma pessoa idosa fazer tudo  que lhe apetece, brincar, dançar, fazer desporto, fazer os outros rirem, não se desculpando com a idade que tem ou sobretudo com aquilo que os outros pensam. 
Houve alguém um dia que me disse que a idade verdadeira, só interessa no BI e é verdade, o que é certo é que há muitas pessoas de 30 que já são velhas e outras de 70 que são bem jovens. A jovialidade não está na pele sem rugas está no ser de cada um de nós, ou não. 

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