segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como tudo começou – Parte III

Já perdi a conta às vezes que contei esta história, que também é repetida entre amigos e familiares que não se cansam de a escutar. Entre nós é recordada inúmeras vezes e quase sempre são descobertos novos pormenores e vividas novas emoções. Sim, sou suspeita, mas é uma história bonita e é a nossa.
Apenas um parêntesis antes de prosseguir, ainda que não tivéssemos combinado este novo encontro, ela acabaria por ter que acontecer porque coincidência ou não, o “desconhecido” havia-se esquecido do seu casaco na minha casa (por esta altura já havíamos trocado contactos).
Segundo dia, 07 de Novembro de 2010, por volta das 14h, lá estava eu como combinado junto à Pousada da Juventude em Faro. Completamente equipada com a minha bike do coração e o equipamento como uma verdadeira BTTista.
O holandês, que ainda me fez esperar alguns minutos, quando apareceu, sem demoras me pediu pernoita na minha casa, com a promessa de me fazer o jantar.
Aproveitando-se, diz ele agora, que na noite anterior lhe tinha oferecido a minha casa numa próxima viagem a Portugal. Entenda-se numa próxima, não nesta!!!! Mas, como coração mole que sou, não queria que o rapazinho ficasse ao relento naquela noite e consenti, uma vez sem exemplo.
Prosseguimos então e fomos dar um lindo passeio de bicicleta pela Ria Formosa. Apreciando a natureza num belo e soalheiro fim de tarde de Novembro.
Regressados a casa foi enviada para a sala a descansar e eis que o desconhecido invade a minha cozinha, ouvindo música e cantarolando prepara-me o jantar.
Há, efectivamente, coisas que não se explicam, estava na minha casa com um desconhecido na minha cozinha, mas sentia tudo muito no lugar.
Jantamos e passamos um serão muito agradável na companhia um do outro e ouvindo Caetano Veloso (a sugestão dele).  
Por esta altura já eu o tinha convencido a ficar mais uns dias por Portugal (ela tinha um mês de férias e como planos ir para Espanha). Contudo havia-me dito que na manhã seguinte seguia caminho para Tavira. Antes de irmos dormir, sem muitas explicações, eis que sugiro:
- Se gostares de Tavira e pensares em ficar lá a dormir, diz-me pois poderei ir jantar contigo.
Ele:
- Ok, está combinado, jantamos juntos em Tavira amanhã.
Relembro que comunicávamos em inglês e eu não querendo mal entendidos referi:
-Não! Não deves ter percebido, se pensares amanhã em ficar em Tavira……
Ele:
- Percebi bem e já decidi, fico em Tavira e és minha convidada para jantar.
Eu:
- Oh, mas se calhar é chato para ti porque tenho que trabalhar e chego tarde a Tavira para jantares...
Ele:
- Estou de férias, tenho todo o tempo do mundo.
Assunto arrumado! Contra factos não há argumentos!
Que chatice no dia a seguir, depois do trabalho ainda tinha que ir para Tavira, jantar com o holandês (o nome dele nesta altura ainda era qualquer coisa que não conseguia decifrar).
Fomos dormir e na manhã seguinte cada um seguiu o seu caminho, com a certeza que nos iríamos voltar a ver dali a umas horas. 

Fotos do passeio de bicicleta:



Uma das canções deste dia (é um longo caminho):


 Até logo...

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